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sábado, 16 de junho de 2012

SÍNDROME DE PETER PAN!

Scraps Animados

BOA NOITE GALERINHA DO BEM!
Aproveitando o DIA DAS CRIANÇAS, tô revisitando esta postagem que me parece muito oportuna e aproveitando a oportunidade para desejar que Deus possa abençoar todas as crianças e dar a cada uma no Brasil e no mundo um "Só por Hoje" muito feliz e uma vida digna e produtiva AMÉM. DE MODO ESPECIAL PRÁ "MANÚ" QUE TÁ CHEGANDO,SALVE SIMPATIA.
Olá queridas (os) leitores e seguidores (as)!
Dia desses assistindo a um programa sobre Michael Jackson na TV, ouvi o mesmo dizer que se recusava a crescer, que era Peter Pan. O entrevistador, gentilmente colocou a ele, que ele havia crescido, que não era mais criança, no que Michael respondeu então que era Peter Pan honorário.
Porque estou dizendo tudo isso?
Bom! algumas literaturas, dizem o seguinte: Quando nascemos somos conscientes apenas de nós mesmos; somos o universo. Percebemos pouco além de nossas necessidades básicas e contentamo-nos se elas forem satisfeitas. Daí, nossa consciência vai se expandindo e vamos descobrindo um mundo além do nosso. Vamos percebendo gradativamente, que existe ao nosso redor, pessoas, lugares e coisas para satisfazer nossas necessidades. Começamos então a desenvolver gostos e perceber algumas diferenças. A literatura (IP.N°12 TRIÃNGULO DA AUTO-OBSESSÃO NA) salienta ainda que somos um universo em expansão e esperamos ser satisfeitos de tudo que queremos. Então, nossa fonte de prazer inicial, vai se transferir das necessidades básicas do pós-nascimento para a satisfação de nossos desejos.
Após um período de crescimento, as crianças vão percebendo que o mundo exterior não consegue suprir todas as necessidades e vontades. É necessário algum esforço para complementar o que é recebido.
Vão se esforçando e aí um aspecto muito importante da literatura, dizendo que vão aprendendo que felicidade e satisfação vêm de dentro. A maioria continua crescendo óbviamente, amadurecendo e reconhecendo e aceitando suas forças, fraquezas e limitações.
Chegam a um ponto (já devem ter sido devidamente encaminhadas pela família) que procuram o auxílio de um Poder Maior para ajudá-las a fazer o que não conseguem sózinhas.
E continua: para a maioria das pessoas o crescimento é um processo normal e natural.
Parece que os adictos, diz a literatura (e posso comprovar que é verdade), tropeçam em algum ponto desse percurso. Parece também que nunca alcançam a auto-suficiência que outras pessoas encontram. Continuam a depender de tudo e de todos e se recusam a aceitar que não podem receber tudo o que querem. Como já foi salientado, é necessário algum esforço.
Daí, finaliza a literatura tornam-se auto-obcecados; suas vontades e necessidades vão se transformando em exigências. Chegam a um ponto que a auto-realização e satisfação são inatingíveis. (aliás, essa insatisfação nos persegue anos e anos após pararmos com o uso de substâncias)
Pessoas, lugares e coisas não conseguem preencher esse vazio e insatisfação em nosso íntimo e reagimos a eles com ressentimento, raiva e muito medo. Aliás, esse é o triângulo da auto-obsessão do qual já falei aqui no blog.
Tenho me auto-avaliado ao longo de todos esses anos, e observo outros adictos, observo meus afilhados, as pessoas com as quais trabalho, tenho contato, e cheguei à conclusão de que o adicto têm a síndrome de Peter Pan.
Simplesmente não aceitamos que temos deveres, direitos e obrigações como qualquer pessoa. Queremos ser diferenciados! Mas não dá! Mas queremos.
Fazemos de uma coisa banal, um cavalho de batalha horrendo, e com relação às coisas realmente importantes, muitas vezes ou talvez na maioria das vezes não queremos nos importar.
Atitudes infantis, birrentas até eu diria fazem parte de nosso dia a dia.
As literaturas também explicam que talvez seja por nossa inabilidade em aceitar a vida como ela é. Olha a síndrome aí de novo. Me recuso a crescer, só cresci no tamanho (na safadeza também), mas quero continuar eternamente aquela criança que espera que o "mundo" satisfaça seus desejos e necessidades.
Dia desses, observando um amigo e aí a importância dos amigos, familiares, pessoas próximas para dar o toque ao cidadão que está praticando determinados atos, sem se dar conta muitas vezes. Como disse, com o passar dos anos, desenvolvi um aparelho em minha mente que dou o nome de SILIGÔMETRO, que me diz , me alerta quando assim estou procedendo. Mas isso se desenvolve com o passar do tempo, e é necessário então, as pessoas próximas estarem alertando ao cidadão quase que constantemente.
Inabilidade em lidar com o dia a dia, carência afetiva total e constante, também são sintomas da síndrome de Peter Pan.
Queremos e exigimos serviço perfeito o tempo todo. (alguém se identifica?). Dia desses, dizia eu a um amigo: mas credo! você quer que a pessoa te forneça serviço perfeito 24 horas por dia, mas e a contrapartida? e teu serviço, é perfeito 24 horas por dia?
Um outro sintoma claro da síndrome, é o não querer se auto-aceitar. Queremos ser qualquer pessoa, menos nós mesmos.
E daí advém algo que digo sempre: se não tenho capacidade para me aceitar, como poderei aceitar outras pessoas em minha vida?
Se realmente não tenho capacidade (não adquiro) para me amar, como posso afirmar que amo outras pessoas?
Galera! por isso é tão fundamental o papel da família no processo de recuperação e continuidade da recuperação de um adicto. A família (esposa, namorada, pai, mãe, amigo enfim) têm que aprender a lidar e identificar esses e outros aspectos de nossa personalidade. Então gentem! vamos nos informar, vamos buscar frequentar os diversos grupos de apoio aos familiares.
Digo isso, pois tenho visto recaídas e mais recaídas em que a família não desempenhou seu papel de alicerce adequadamente. Como salientei outro dia aqui no blog também, algumas pessoas tem a idéia errônea posso assim dizer que: quem usava drogas era ele ou ela, e quem tem que mudar é ele ou ela também!
Explico: é verdade apenas em partes essa afirmação, pois a família (na forma que ela assuma) tem que se adaptar às mudanças e à nova realidade do indivíduo (a).
Então vamos trabalhando em nós a síndrome de Peter Pan, e vocês por sua vez, vão aprendendo que é normal essas reações e vão aprendendo também a identificá-las e ajudar o cidadão (ã) a trabalhá-las.
Mas que seria bom continuar criança para sempre, isso seria não é? (OPS! passou, passou)
Obrigado pela audiência e paciência. Bom dia, boa tarde, boa noite a todos!









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