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segunda-feira, 23 de julho de 2012

E VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA? CONTINUA ..........................


Galerinha do bem! Boa tarde!
No último sábado dia 21 de Julho de 2.012, estive no programa de rádio da Pastoral da Criança aqui em Jacarezinho, levado ao ar nas ondas do rádio pela Rádio Educadora AM.1420 Khz e apresentado pela comunicadora da Pastoral Professora Heloísa Sirino. Falávamos então do movimento lançado por alguns artistas "globais", pela CBDD (Comissão Brasileiro sobre Drogas e Democracia, pela Ong Viva Rio entre outros (as).
Dentre os muitos temas abordados, falou-se sobre mudanças pleiteadas pelos movimentos na Lei de Drogas  (11.343/06). A referida lei em meu entendimento (e sou leigo no assunto) "despenalizou o usuário/consumidor" e aumentou as penas para o tráfico só que, não ficou bem claro em meu entendimento também, o que é uso e o que é tráfico, sem contar que segundo apurei, as cadeias estão cheias de aviõezinhos (pessoas que vendem a droga para poder fazer uso também). Encontrei um comentário na Internet no www.help.info da Dra.Luciana Bolteux-Mestre/UERJ, Doutura/USP em que a mesma cita o seguinte exemplo: imaginemos dois garotos de 18 anos negociando a compra de droga considerada ilícita; se a polícia os flagrasse no momento em que o vendedor (pobre, que precisa vender a droga para sobreviver) entregasse a mercadoria para o usuário (rico, que tem dinheiro de sobra para poder comprar droga sem traficar), este iria ser encaminhado ao Juizado Especial e não poderia ser preso de jeito nenhum, enquanto que o outro estaria sujeito a uma pena mínima de cinco anos, sómente tendo direito à liberdade condicional com dois terços da pena cumprida, desde que também não fosse reincidente.
Fica claro em meu entendimento (sempre) o abismo que existe na lei (porque vamos falar né? traficante não usa drogas). Depois da promulgação da referida lei, muita gente foi presa mas............. Fica claro que deve haver uma reformulação, mudança, mas há que se muito discutir, muito se aclarar, muita luz a ser jogada na escuridão.
Falou-se também sobre a drogadição, a dependencia química passar a ser problema de saúde pública e acredito ser esse o caminho mas pergunto: estamos preparados para isso? e eu mesmo respondo: NÃO.
O Estado tem condições de assumir tratamento especializado para os dependentes químicos via SUS por exemplo? tenho que rir.
Internação compulsória funciona? NÃO.
Penso eu que deveria se investir maciçamente em campanhas educativas falando-se, discutindo-se à exaustão o problema drogas, mostrando-se os malefícios do uso e principalmente as consequências.
Vejo hospitais despedaçados, escolas em petição de miséria, mas teremos Copa do Mundo, teremos Olimpíadas e quando pergunto a um amigo porque não se faz a imunização de todas as pessoas contra o vírus H1N1, ouço a resposta que não se têm dinheiro para vacinar a todos. AFF!
Então com um quadro de saúde no País extremamente precário, como pode  o Estado assumir o tratamento para dependentes químicos?.
Acredito sim que este seja o caminho, mas haveremos de caminhar milhares, talvez milhões de léguas para que isso se torne realidade.
Gostaria de relembrar nesta postagem, o que disse o Dr. Antonio Nery Filho, médico, Professor na Universidade Federal da Bahia e coordenador do Cetad (Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas), idealizador do primeiro consultório de rua (mecanismo de abordagem ao usuário de drogas encampado no novo plano do governo federal contra o crack): " O crack foi alçado a uma posição na saúde pública brasileira que não corresponde à realidade. Sobretudo se comparado ao álcool e tabaco (...)ele se reduz a população específica(...)não tem uma dimensão que mereça esse engajamento (do governo federal)"
Então, voltando à Lei de Drogas, onde estão os defensores de campanhas Anti-Álcool na TV?
Existem aspectos paradoxais nessa lei sem dúvida; no estado de São Paulo, o custo médio de um detento do sistema carcerário é de R$ 3.200,00. Existe aqui em nossa cidade, uma comunidade para tratamento de dependentes químicos que cobra dois salários mínimos mensais, algo em torno de R$ 1.300,00. Seria muito mais interessante, que ao invés de ficar preso (óbvio) o cidadão fosse para tratamento, isso economicamente falando, mas aí a pergunta: o cidadão quer tratamento?. Aí deveria então funcionar o caso a caso, as análises do histórico de vida etc, etc, etc.
Só estou divagando sobre o tema, mas são aspectos que devem e terão que ser analisados num contexto muito mais amplo.
Dentre os inúmeros comentários que observei a respeito do tema, muitos contra, muitos pró (e em meu entendimento essa campanha é uma continuidade do você é a favor ou contra, digam o que quiserem dizer), citam o modelo de Portugal; convenhamos que Portugal é um país que caberia aqui no Paraná e que o Brasil tem dimensões continentais e que existe todo um contexto de educação e conscientização totalmente diferentes (creio eu), mas não citam Holanda, Suíça e a própria Alemanha que ao que me parece não estão dando muito certo nesse quesito.
Finalizo com um comentário do cidadão chamado Mário em 10/07/2012 que me chamou muito a atenção:
Liberar drogas não acaba com o tráfico. A campanha do desarmamento tirou armas dos bandidos? Não.
Na verdade iremos ter um aumento assustador de viciados (não gosto da palavra viciado).
Em uma sociedade que busca o prazer ao máximo (hedonismo) (hedonismo do grego hedonê=prazer,vontade), não dá para aceitar a defesa de drogas apenas porque satisfazem, dão prazer.
O assunto tem que ser analisado com responsabilidade. Drogas é uma questão de saúde pública (e é mesmo), então porque não se fazer campanhas informando sobre os malefícios das drogas (é o que eu insisto sempre).
A visão do "viciado" é da auto-defesa, dele não se pode esperar uma opinião imparcial, porque ele sempre será o defensor da liberação das drogas, consciente ou não de seus males. ( e aí faço um adendo, porque os  ex usuários/dependentes que estão abstemios, buscando sobriedade, em sobriedade, acredito eu jamais serão a favor da liberação).
E continua: eu não conheço um pai ou mãe que se sinta feliz ao falar de um filho dependente. Ao contrário, os pais sofrem muito ao tomar conhecimento que têm um filho (a) usando drogas e expressam profunda tristeza, seja maconha ou outra porcaria qualquer.
Temos questões mais importantes para debater em nosso país, como as desigualdades sociais, a miséria que afeta a tantos brasileiros, a violência, a falta de investimentos em educação, saúde, por exemplo.
Discutir sobre a liberação da droga (essa campanha tem por finalidade isto-palavras do Sr. Mário) ou debater sobre o acesso de uma criança à escola ou de uma grávida e sua prole ao atendimento digno na rede de saúde pública, por exemplo? Essas questões, sim, tem alcance humanitário, que deveriam afetar a consciencia de todos nós, sobretudo, quando vemos os horrores do atendimento dos nossos hospitais públicos à população mais carente.
A conclusão que eu chego, é que realmente devem haver mudanças na lei de Drogas, mas debatidas serenamente sem citação de modelos de outros países pois como já citei, somos práticamente um continente. Muito ainda se falará a respeito e eu aguardo comentários, sugestões para pesquisas e postagens e permaneço com a pergunta: VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA? OU MUITO PELO CONTRÁRIO?
Hasta la vista Galerita del bién!
PS: No caso de liberação das drogas, quem vai gerir o negócio? O Estado? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk











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